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Sudoeste



A vida a ser percebida, a vida em circulos, a vida a ser descoberta, a vida nas entrelinhas. Esta tudo em Sudoeste. Um filme que fala muito no extenso silêncio que nós faz olhar para dentro. Trata de uma obra que gira no próprio eixo, a cada volta é como se uma parte do universo se revelasse. Seja a realidade, seja a fantasia, seja a mitologia vemos um mundo de conexões, onde nada é por acaso, a ficção se desdobra e a mais leve brisa tem toda uma força. Quem ganha é o espectador que sai do cinema com vontade de ouvir o barulho da chuva numa cidade que geralmente fica-se irritado quando se vê água caindo do céu.

Inhotim 2


A ida a Inhotim não tinha jeito de ser melhor. Para quem acha que a arte contemporânea aceita de tudo que é propria materialização do caos, o museu mineiro apresenta uma visão bem diferente. Com uma curadoria afinada nota-se que a arte contemporanea é fruto do nosso tempo, dentro das suas limitações e cheia de complexidades. As interpretações podem ser as mais variada possível, nem por isso são frágeis. A capacidade de abraçar diversos contextos faz parte da natureza do século XXI. Livres de preconceitos temos muito a ganhar. Só temo que o museu vire em poucos anos a Disneycult.    

Inhotim


Inhotim é um colírio para os olhos. Não é apenas um museu, é um lugar para navegar com o corpo, o pensamento e a alma. Para quem esta acostumado com a loucura de São Paulo sente-se muito privilegiado. O tempo e o espaço parecem expandidos.Realmente fazer um jardim Museu ou Museu jardim amplia as possibilidades de percepção. Enquanto as obras perturbam nossos pensamentos, o verde refresca nossos nervos. Mais do que cultura precisamos paz para digestão intelectual, isso é possível em Inhotim




Tropicalismo

Tropicalia é um colírio para os olhos e para os ouvidos. O filme te convida para bailar de uma forma despudorada sem perder a ternura. Passaram-se por muitos entreveres e hoje o que temos é reflexão e celebração, sem ressentimentos. O tema é pertinente, para os desbundados ou não, ainda temos muito o que aprender.

360

 

 A pergunta que fica depois de sair do cinema é:porque o diretor de Cidade de Deus e Jardineiro Fiel quis fazer esse filme?Penso isso porque talvez exista algo além do filme em que não possamos compreender depois de assisti-lo. Trata-se de um filme globalizado onde não se usa mais esse termo. Trata de um roteiro que precisa fazer acrobacias para atender o esquema proposto.
360 inves de multiplicar ele reduz a potencialidade do enredo. O andar em circulo mostra a capacidade do diretor de fazer boas imagens mas não é suficiente para criarmos empatia pelas histórias ou pelos personagens. Sugestão:quer fazer um filme sobre conexão, nada mais apropriado que usar a internet. Grande parte é perfumaria.

Pano

Se torcemos o pano da vida veriamos que somos inundados de inutilidades. Muita gente perguntaria:O que seria de mim sem essas inutilidades? A resposta sempre esta no entorno.

Esqueci como era a década passada


de Ana Guadalupe


esqueci o que gostava
de fazer na década passada
esqueci como era a década passada
todas as leituras foram deixadas
numa pasta cujo número
agora escapa
como os nomes dos amigos
um dia bonito de março
quem éramos nós na sala

Fonte:Aqui

Silêncio

"Convivência entre o poeta e o leitor, só no silêncio da leitura a sós. A sós, os dois. Isto é, livro e leitor. Este não quer saber de terceiros, não quer que interpretem, que cantem, que dancem um poema. O verdadeiro amador de poemas ama em silêncio..." Mario Quintana

Ciclo

Aquilo que não te mata te fortalece.
Quem é forte demais acaba não se preocupando com os abismos.
Quem vê longe demais, desconhece o quintal da casa que tem.
Casa da gente não se faz milagres. 

Na Estrada



A história de NA ESTRADA ainda precisa ser recontada e nada como um filme para fazer isso. As gerações Y e Z precisam conhecer uma turma pós segunda guerra mundial que queria desviar do padronizado american way of life.
O espiríto libertário e irresponsável estão presentes no filme de maneira que agrade bem aos olhos de quem vê. Cada quadro é muito bem pensado. Vemos cada paisagem digno de cartões postais.
Ainda que o tema seja transgressor o filme parece bem comportado pensando nas imagens.
A mensagem foi passada como uma aula dada por um bom e polido professor mas saimos do cinema
sem saber ao certo se aprendemos a lição.
O mito encobre a obra e o que resta mesmo é a vontade de pegar a estrada a fora.    

Cadê o espetáculo?




A começar pelo título o novo filme do Homem Aranha é o menos espetacular dos anteriores, e muito menos se compararmos com os outros super heróis. As ações diminuíram e a lado humano revelou-se mais abrangente. Isso poderia ser até positivo, um super herói é muito mais do que uma maquina de dar pulos. Mas fazer o homem aranha um estudante moderninho e esportista que não tem medo de se mostrar é um pouco descabido, impróprio pela história do personagem.
Por fim, o que vemos é um super herói reformulado, preocupado em salvar vidas mas com a necessidade de resolver suas crises pessoais adolescentes. Onde estaria o espetáculo?

Ser humano

O ser humano é responsável por aquilo que faz, mas nem sempre pode responder ou compreender por aquilo que fez.

Amanhã nunca mais



A incapacidade do anestesista Walter (Lazaro Ramos) de dizer não parece ter afetado quem escreveu Amanhã Nunca Mais. No universo onde tudo é permitido, ou muita coisa é permitida, o que era para ser uma comédia vira um show de horror pois o excesso faz a piada sem graça.
Os embaraços pelos quais Walter passa poderiam até ser uma paródia de uma crônica do caos do trânsito paulistano, só que o enredo pouco convence.
Ficamos com a sensação que o filme é bem comparavél a alguma sketch da TV ou do rádio, assistimos ou ouvimos aquelas cenas atabalhoadas enquanto esperamos o trânsito fluir. Nada mais do que um passatempo.  
São raros aqueles que permanecem intactos. Nascemos cuidadosos, e o passar do tempo faz com que as trincas façam parte da nossa história.

São Paulo, 05 de Maio de 2012

Mariana, 
Meu cachorro morreu. Dona Quintina se foi. Há tempos dava sinais que sua hora aproximava-se. Foram muitas alegrias durante esses 10 anos. Ainda que a sua inteligencia não fosse seu maior triunfo exercia um companherismo exemplar. Era de costume comunicarmos através dos silêncios. 
Meu trabalho consegue me manter vivo sem que eu seja muito exigido. Isso parece filosofia de vagabundo mas creio que essa é a minha sina. De vez em quando até tento algo diferente, ainda não consegui, não sei se por incompetência ou por ter gastado toda a minha sorte.
Ensinei o papagaio dizer merda. Nem sei porque esse linguajar chulo. Deve ser influência do lixo na frente da minha casa, cada dia maior.Aquilo que emburesse toda vez que passo por ele. Liguei para a prefeitura mas a burocraria venceu.  
Dê notícias. 
Beijos Ricardo  

O tempo presente



Ainda temos muito o que aprender com os antigos.Ouvir antes de falar,olhar antes de ver, sentir antes fazer. Girimunho vai para o interior de Minas nos mostrar que a vida esta no tempo em que vivemos. É quando ficamos um pouco com a gente mesmo que descobrimos quem somos nós.

Um Brasil pouco explorado


Os irmãos Villas Boas merece reconhecimento e um registro pelo trabalho realizado no Norte do país de preservação do povo e da cultura indígena. Isso já justificava a realização de Xingu. A homenagem a família Villas Boas é digna mas o filme surge apenas como um aperitivo para questão indígena, pois falar dos primeiros moradores dessas terras não é tarefa simples. Se faz história e os dilemas branco e indios permanecem.

O Artista



Tudo bem que Hollywood gosta de se auto promover. Faz parte do negócio. Mas não dá para entender porque o Artista concorre a tantos prêmios. Muito saudosismo?Esperteza nos tempos do 3D?Com várias referências cinematograficas só ganha sentido como projeto educacional, de novidade artistica ainda permanece mudo.

Segue algumas referências:

Gene Kelly


Marilyn Monroe





Walt Disney

Brincadeira


Quando o assunto é reforma, é melhor deixar a brincadeira de lado.
Fonte:Aqui

Bituca


Quem acha que uma bituca não é nada sempre pensou pequeno.
Fonte:Aqui

Dar e receber



Assim como mulheres gostosas não são suficientes para vender cervejas, mulher gata não é o suficiente para vender flores.

Conexão


Em busca da conexão perfeita.
Ref:aqui

Os Descendentes



Hollywood com o verniz cult. Os descendentes buscam fugir do eixo ao apresentar Havai como uma terra de gente que tem uma vida normal. Mas o que vimos é um pai querendo reconciliar com a filha e despedir da mulher em coma de forma digna. Muito politicamente correto pra quem quer ser normal. Ainda coloca o George Clonney com aquela camisa estampada fazendo papel de corno inocente. O diretor Alexander Payne já fez filmes melhores, como As confissões de Shmidt e Sideways- Entre umas e outras

Fora da lei

Sabe porque tudo o que é proibido é mais gostoso?
Porque o valor da recompensa não cabe em nenhum imposto de renda.

Sabe o dia que eu me senti livre?
Ao atravessar a rua no sinal vermelho numa rua movimentada de carro.

Porque você matou tanta gente?perguntou o policial para um assassino famoso.
Eu só queria ficar perto de Deus.

Faça me feliz

Não é a toa que a Revolução Francesa foi na França, Chaplin nem Buster Keaton não são franceses.Comédia não é o forte da terra do Champanhe. O pessoal do Casseta e Planeta daria um pau nesse diretor.