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Memória Afetiva

Ele recebeu a mensagem que a vagabunda não viria. Já estava no terceiro copo de cerveja em um bar de esquina, o movimento era pequeno, dia de semana, passava das 23:00. Aquela vagabunda pensa que é quem. Foi ela que marcou, nem queria topar com ela. Senão fosse a minha memoria afetiva, não viria. Como é gostoso o seu perfume, parece que foi feito especialmente para o corpo dela. Faltava poucos minutos para terminar o jogo que passava na TV. Pouco me importava o futebol, estava preocupado com o trabalho da faculdade a fazer. Tinha algumas ideias mas era necessário uma maturação antes de começar. Não entendi nada, uma porção de quibe tinha acabado de ser fritado na cozinha. Alguém esta doente? Um senhor fez questão de pagar em dobro para comer um quibe frito na hora. Que cheiro gostoso. Mais um copo de cerveja, dois quibes, o futebol vai terminar. O cara ao meu lado conseguiu derrubar a garrafa de cerveja em mim. Não estava cheia, mas molhou gostoso. Aquela vagabunda me paga. Na mesa da frente tem uma mulher com cara de vigarista usando um colar de perolas falsas igual a da vagabunda. Vou embora antes que aconteça um acidente. Ha muito tempo não comia um quibe tão saboroso.

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