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Uma pista, quatro mãos e dois olhos.



Meu dinheiro era insuficiente para ir onde gostaria. O local era de difícil acesso, um paraíso meio afastado dos outros lugares turísticos. Ainda meio sem saber o que fazer, veio a idéia de pedir uma carona. Valia a pena o risco, minha mãe era contra pedir caronas. Uma vez quase que ela foi estuprada. Cheguei tão longe e não foi para morrer na praia. A estrada estava movimentada, os perfis mais variados passavam por mim e o maximo que eu vi a favor da minha causa foi acenos de mão. Boa viagem para vocês também, seus egoístas, filhos da mãe. Caminhei pela estrada a fora, com um esperança que algo vinha ao meu encontro. Depois de 15 minutos de asfalto, deparo com um carro no acostamento. Ela tinha acabado de receber a notícia que seu namorado não viria, olhava o horizonte, reflexiva aguardava um assopro, uma seta onde seu entusiasmo pudesse fazer sentido. Eu desconhecia qual era a cidade mais próxima, sabia do meu paraíso. Andamos sem um mapa, a minha fome já passara, tinha me esquecido até de perguntar o nome dela. Ha quinze dias ela viaja sem um destino certo, quem a direcionava eram as pessoas com quem encontrava pela frente.

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